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Raul Seixas




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Raul Seixas Album



1985
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
Rua Augusta/O Bom
10.
11.
12.
13.
. . .


Uah-bap-lu-bap-lah-bein-bum!

Let me sing, let me sing
Let me sing my rock'n'roll
Let me sing, let me swing
Let me sing my blues and go, say

Não vim aqui tratar dos seu problemas
O seu Messias ainda não chegou
Eu vim rever a moça de Ipanema
E vim dizer que o sonho
O sonho terminou
Eu vim rever a moça de Ipanema
Ei dizer que o sonho
O sonho terminou

Let me sing, let me sing
Let me sing my rock'n'roll
Let me sing, let me swing
Let me sing my blues and go, say

Tenho 48 quilo certo?
48 quilo de baião
Num vou cantar como a cigarra canta
Mas desse meu canto eu não lhe abro mão
Num vou cantar como a cigarra canta
Mas desse meu canto eu não lhe abro mão

Let me sing, let me sing
Let me sing my rock'n'roll
Let me sing, let me swing
Let me sing my blues and go, say

Não quero ser o dono da verdade
Pois a verdade não tem dono, não
Se o "V" de verde é o verde da verdade
Dois e dois são cinco, né mais quatro não
Se o "V" de verde é o verde da verdade
Dois e dois são cinco, não é mais quatro não

Let me sing, let me sing
Let me sing my rock'n'roll
Let me sing, let me swing
Let me sing my blues and go, say

Num vim aqui querendo provar nada
Num tenho nada pra dizer também
Só vim curtir meu rockzinho antigo
Que não tem perigo de assustar ninguém
Só vim curtir meu rockzinho antigo
Que não tem perigo de assustar ninguém

Let me sing, let me sing
Let me sing, my rock'n'roll
Let me sing, let me swig
Let me sing my blues and go, go!
Let me sing, let me sing
Let me sing, my rock'n'roll
Let me sing, let me swig
Let me sing my blues and go

. . .


Eu quero avacalhar com toda turma da esquina
Com meu cabelo cheio de brilhantina
Dançando rock ao som de Elvis'n'roll

Eu vivo num clima brabo, cheio de violência
E você faz sinal de paz e clemência
E ainda me diz que é um bicho muito "underground"
E ainda me diz que é um bicho muito "underground"
"Underground"

Eu vivo de olho vivo na vitrine da moda
Vendo o robô padronizado, é soda!
Com Coca-Cola e bugigangas que é pop
Com Coca-Cola e bugigangas que é pop
Let's do it!

Hei, bicho!
Onde é que vai com essa flor no cabelo?
Com esse sorriso de paz e desespero?
Olhe pro lado e você vai entender
Entender?

Mas agora todo imbecil passa por gênio ou poeta
Em cada esquina há um pseudo-profeta
Com guarda-chuva e um pirulito na mão
Com guarda-chuva e um pirulito na mão

Let's rock, man!

Eu não quero mudar o mundo com esse papo furado
Só acredito em quem pulou o cercado
Quatro bulldogs vigiando o portão
Quatro bulldogs
Quatro bulldogs vigiando o meu portão

. . .


Eu vou brincar
O ano inteiro neste carnaval
Eu vou entrar nesta bagunça
E não me leve a mal

Eu vou, eu vou
Eu vou brincar
O ano inteiro neste carnaval
Não vou deixar que a chuva venha
E suje o meu quintal
Eu abro a boca
E fico rindo à toa
Essa é muito boa

Hoje eu tou legal
Só peço a Deus
Que não me leve agora

Ontem, hoje, sempre
Eterno Carnaval
Hey, hey, hey

. . .


Sempre que eu lhe dou a mão
Você segura no meu pé
Eu faço tudo por você
Tudo o que você quiser

Eu quero uma colher de chá
No grande jogo do xadrez
Não quero ver você chorar
Não quero ver você chorar

Tou aqui pro que vier
Eu danço o que você tocar
É só dar corda no boneco
Tango, Rock ou cha-cha-cha

Não tenho nada a perder
Aquilo que pintar eu tô
Porque eu gosto de você
Porque eu gosto de você

Essa vida inteira é uma brincadeira
É só ficar quieto e não dar bandeira
Você chupou a manga até o fim
E só deixou o caroço para mim
E melhor que isso só carnaval

Pegue essa motocicleta
E vá mostrar quem é você
Bota o seu blusão de couro
Agora é que eu quero ver

Na arrancada do futuro
Sem nunca pedir arrego
Nos olhos cegos do morcego
Nos olhos cegos do morcego

Essa vida inteira é uma brincadeira
Eu fico feliz com qualquer besteira
Você chupou a manga até o fim
E só deixou o caroço para mim
E melhor que isso só carnaval

Pegue essa motocicleta
E vá mostrar quem é você
Bota o seu blusão de couro
Agora é que eu quero ver

Na arrancada do futuro
Sem nunca pedir arrego
Nos olhos cegos do morcego
Nos olhos cegos do morcego

. . .


spoken:
Queria dedicar essa música para o
nascimento da sociedade alternativa...
Viva !!! Valeu Brauner!!!!

Vai e grita ao mundo que você está certo
Você aprendeu tudo enquanto estava mudo
Agora é necessário gritar e cantar Rock
E demonstrar o teorema da vida
E os macetes do xadrez

Você tem as respostas das perguntas
Resolveu as equações que não sabia
E já não tem mais nada o que fazer a não ser
Verdades e verdades
Mais verdades e verdades para me dizer
A declarar

Tudo o que tinha que ser chorado já foi chorado
Você já cumpriu os doze trabalhos
Reescreveu livros dos séculos passados
Assinou duplicatas, inventou baralhos
Passeou de dia e dormiu de noite
Consertou vitrolas para ouvir música
Sabe trechos da Bíblia de cor
Sabe receitas mágicas de amor

Conhece em Marte um amigo antigo lavrador
Que te ensinou a ter do bom e do melhor
Do melhor

Mas o que você não sabe por inteiro
É como ganhar dinheiro
Mas isso é fácil e você não vai parar
Você não tem perguntas pra fazer
Porque só tem verdades pra dizer
A declarar

. . .


Não pare na pista
É muito cedo prá você se acostumar
Amor não desista
Se você pára o carro pode te pegar
Bi-bi fom-fom ne-ne
Se você pára o carro pode te pegar

Você me xingando
De louco pirado
E o mundo girando
E a gente parado
Meu bem me dê a mão
Que eu vou te levar
Sem carro e sem medo
Pro guarda multar
Meu bem me dê a mão
Que eu vou te levar
Sem carro e sem medo
Prá outro lugar

Não pare na pista
É muito cedo prá você se acostumar
Amor não desista
Se você pára o carro pode te pegar
Bi-bi, fon-fon, ne-ne
Se você pára o carro pode te pegar
Mamãe, papai, irmão
Se você pára o carro pode te pegar
Fafá, Nené, Lili
Se você pára o carro pode te pegar

. . .


Como vovó já dizia . . .
(Quem não tem colírio usa óculos escuros)
Mas não é bem verdade?
(Quem não tem colírio usa óculos escuros)
Hum
(Quem não tem colírio usa óculos escuros)
Minha vó já me dizia pra eu sair sem me molhar
(Quem não tem colírio usa óculos escuros)
Mas a chuva é minha amiga e eu não vou me resfriar
(Quem não tem colírio usa óculos escuros)
A serpente está na terra e o programa está no ar
(Quem não tem colírio usa óculos escuros)
A formiga só trabalha porque não sabe cantar
Quem não tem colírio usa óculos escuros
Quem não tem filé como pão e osso duro
Quem não tem visão bate a cara contra o muro

(Quem não tem colírio usa óculos escuros)
É tanta coisa no menu que eu não sei o que comer
(Quem não tem colírio usa óculos escuros)
José Newton já dizia se subiu tem que descer
(Quem não tem colírio usa óculos escuros)
Só com a praia bem deserta que o sol tem que nascer
(Quem não tem colírio usa óculos escuros)
A banana é vitamina que engorda e faz crescer
Quem não tem colírio usa óculos escuros
Quem não tem filé como pão e osso duro
Quem não tem visão bate a cara contra o muro

(Quem não tem colírio usa óculos escuros)
Solta a serpente, hare Crishna hare Crishna

Quem não tem colírio usa óculos escuros
Quem não tem filé como pão e osso duro
Quem não tem visão bate a cara contra o muro

(Quem não tem colírio usa óculos escuros)
É tanta coisa no menu que eu não sei o que comer
(Quem não tem colírio usa óculos escuros)
Só com a praia bem deserta que o sol tem que nascer
(Quem não tem colírio usa óculos escuros)
José Newton já dizia se subiu tem que descer
(Quem não tem colírio usa óculos escuros)
A banana é vitamina que engorda e faz crescer
(Quem não tem colírio usa óculos escuros)
Minha vó já me dizia pra eu sair sem me molhar
(Quem não tem colírio usa óculos escuros)
Mas a chuva é minha amiga e eu não vou me resfriar
(Quem não tem colírio usa óculos escuros)
A serpente tá na terra e o programa está no ar
(Quem não tem colírio usa óculos escuros)
A formiga só trabalha porque não sabe cantar
(Quem não tem colírio usa óculos escuros)

. . .


Na minha cabeça
Uma guitarra toca sem parar
Trago um par de fones nos ouvidos
Pra não lhe escutar

O que você tem pra dizer
Ouvi a cem anos atrás

O que eu faço agora
Você não sabe mais

Na minha cabeça
Uma guitarra toca sem parar
Trago um par de fones nos ouvidos
Pra não lhe escutar

O que você tem pra dizer
Ouvi a cem anos atrás

O que eu faço agora
Você não sabe mais

Hey man! hey man!
Uou man! uoo man!
Crazy man! crazy man!
Yeah!

I'm all right!

Yeah! yeah!
Listen to the music

Yeah! yeah! man
Listen to the music! yeah!

. . .

Rua Augusta/O Bom

[No lyrics]

. . .


Eu sei que determinada rua que eu já passei
Não tornará a ouvir o som dos meus passos
Tem uma revista que eu guardo há muitos anos
E que nunca mais eu vou abrir
Cada vez que eu me despeço de uma pessoa
Pode ser que essa pessoa esteja me vendo pela ultima vez
A morte, surda, caminha ao meu lado
E eu não sei em que esquina ela vai me beijar

Com que rosto ela virá?
Será que ela vai deixar eu acabar o que eu tenho que fazer?
Ou será que ela vai me pegar no meio do copo de uísque
Na música que eu deixei para compor amanhã?
Será que ela vai esperar eu apagar o cigarro no cinzeiro?
Virá antes de eu encontrar a mulher, a mulher que me foi destinada
E que está em algum lugar me esperando
Embora eu ainda não a conheça?

Vou te encontrar vestida de cetim
Pois em qualquer lugar esperas só por mim
E no teu beijo provar o gosto estranho
Que eu quero e não desejo,mas tenho que encontrar
Vem, mas demore a chegar
Eu te detesto e amo morte, morte, morte
Que talvez seja o segredo desta vida
Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida

Qual será a forma da minha morte?
Uma das tantas coisas que eu não escolhi na vida?
Existem tantas . . .
Um acidente de carro
O coração que se recusa a bater no próximo minuto
A anestesia mal aplicada
A vida mal vivida
A ferida mal curada
A dor já envelhecida
O câncer já espalhado e ainda escondido,
Uu até, quem sabe um escorregão idiota
Num dia de sol, a cabeça no meio-fio

Oh morte, tu que es tão forte
Que matas o gato, o rato e o homem
Vista-se com a tua mais bela roupa quando vieres me buscar
Que meu corpo seja cremado e que minhas cinzas alimentem a erva
E que a erva alimente outro homem como eu
Porque eu continuarei neste homem
Nos meus filhos, na palavra rude
Que eu disse para alguém que não gostava
E até no uísque que eu não terminei de beber aquela noite

Vou te encontrar vestida de cetim
Pois em qualquer lugar esperas só por mim
E no teu beijo provar o gosto estranho que eu quero
E não desejo, mas tenho que encontrar
Vem, mas demore a chegar
Eu te detesto e amo morte, morte, morte
Que talvez seja o segredo desta vida
Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida

. . .


Love is a cosmic magical number
Add, multiply and divide
Love is a cosmic magical number
Add, multiply and divide

Divide the number nine
Add four and multiply
Love is the answer
I am God spreading cancer
Under will, love is the law

Love is a cosmic magical number
It's up to you to combine
Love is a cosmic magical number
Add, multiply and divide

Divide the number nine
Add four and multiply
Love is the answer
I am God spreading cancer
Under will, love is the law

. . .


Blue moon, blue moon, blue moon
Keeps shinning bright
Blue moon keeps on shinning bright
She's gonna bring me back
My baby tonight

Blue moon, keeps shinning bright
I say blue moon of Kentucky
Does on keep on shinning
Shines on above this girl
I let so blue

I say blue moon of Kentucky
Does it keep on shinning
Shine on above this girl
A let alone
I wuz home with her last night
Dying sunbright
We'll have love
Make it fine!

Blue moon of Kentucky
Does it keep on shinning
Shine on above this girl
I let so blue

Quando olhei a terra ardendo
Qual fogueira de São João
Eu perguntei, a Deus do céu, ai!
Por que tamanha judiação?

Blue moon, blue moon, blue moon
Keeps shinning bright
Blue moon keeps on shinning bright
She's gonna bring me back
My baby tonight
Blue moon, keeps shinning bright

. . .


Quando olhei a terra ardendo
Qual fogueira de São João
Eu perguntei, a Deus do céu, ai!
Por que tamanha judiação?

. . .


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