|
|
1969 |
1. | |
2. | |
3. | |
4. | |
5. | |
6. | |
7. | |
8. | |
9. | |
|
. . .
|
|
Não quero mais essas tardes mornas, normais
Não quero mais videoteipe, março, abril
Eu quero pulgas mil na geral
Eu quero a geral
Eu quero ouvir gargalhada geral
Quero um lugar para mim pra você
Na matinê do cinema Olympia, do cinema Olympia
Na matinê do cinema Olympia, do cinema Olympia
Na matinê do cinema Olympia, do cinema Olympia
Duru duru duru duru duru . . .
Tom Mix, Book Jones, tela e palco
Sorvetes e vedetes
Socos e pauladas
Espartilhos, pernas e gatilhos
Atilhos e gargalhada geral
Do meio dia até o anoitecer
Na matinê do cinema Olympia, do cinema Olympia
Na matinê do cinema Olympia, do cinema Olympia
Na matinê do cinema Olympia, do cinema Olympia
. . .
|
|
Na areia branca do deserto escaldante
Ele nasceu, cresceu guerreando
Caminhando dia e noite no deserto sem errar
Pois com muita fé ele só para pra rezar
Pois pela direção do sol e das estrelas
No oásis escondido, água ele vai achar
Pois o homem de véu azul é o prometido de Alá
Pois ele é guerreiro
Ele é bandoleiro
Ele é justiceiro
Ele é mandingueiro
Ele é um tuareg
Galopando seu cavalo preto brilhante
Ele vem todo de azul orgulhoso e confiante
Trazendo seu rifle embalado e sua adaga a tira colo
Sempre pronto para o que der e o que vier
Pois ele é sentimental, humano, é nobre
É mouro, é muçulmano
Pois ele é guerreiro
Ele é bandoleiro
Ele é justiceiro
Ele é mandingueiro
Ele é um tuareg.
. . .
|
|
A cultura, a civilização
Elas que se danem, ou não
A cultura, a civilização
Elas que se danem, ou não
Somente me interessam
Contanto que me deixem meu licor de jenipapo
O papo nas noites de São João
Somente me interessam
Contanto que me deixem meu cabelo belo
Meu cabelo belo como a juba de um leão
Contanto que me deixem ficar na minha
Contanto que me deixem ficar com minha vida na mão
Minha vida na mão, minha vida
A cultura, a civilização
Elas que se danem, ou não
A cultura, a civilização
Elas que se danem, ou não
Eu gosto mesmo é de comer com qüentro
Eu gosto mesmo é de ficar por dentro
Como eu estive algum tempo na barriga de Claudina
Uma velha baiana cem por cento
A cultura, a civilização
Elas que se danem, ou não
A cultura, a civilização
Elas que se danem, ou não
. . .
|
|
Moro num país tropical
Abençoado por Deus
E bonito por natureza
Fevereiro, em Fevereiro, tem carnaval
Eu tenho um fusca e um violão
Sou Flamengo e tenho uma nêga chamada Tereza
Sun baby
Sou um menino de mentalidade mediana
Mas assim mesmo e contente eu não devo nada a ninguém
Pois eu sou feliz, muito feliz, comigo mesmo
Moro num país tropical
Abençoado por Deus
E bonito por natureza
Fevereiro, em Fevereiro, tem carnaval
Eu tenho um fusca e um violão
Sou Flamengo e tenho uma nêga chamada Tereza
Sun baby
Posso não ser um band leader
Mas meus amigos, todos eles me respeitam
Essa é a razão da simpatia, do poder e da alegria
Moro num país tropical
Abençoado por Deus
E bonito por natureza
Fevereiro, em Fevereiro, tem carnaval
Eu tenho um fusca e um violão
Sou Flamengo e tenho uma nêga chamada Tereza
. . .
|
|
Meu nome é Gal
E desejo me corresponder
Com um rapaz que seja o tal
Meu nome é Gal
E não faz mal
Que ele não seja branco, não tenha cultura
De qualquer altura
Eu amo igual
Meu nome é Gal
E tanto faz que ele tenha defeito
Ou traga no peito
Crença ou tradição
Meu nome é Gal
Eu amo igual
Ah, meu nome é Gal
"Meu nome é Gal, tenho 24 anos
Nasci na Barra Avenida, Bahia
Todo dia eu sonho alguém pra mim
Acredito em Deus, gosto de baile, cinema
Admiro Caetano, Gil, Roberto, Erasmo,
Macalé, Paulinho da Viola, Lanny,
Rogério Sganzerla, Jorge Ben, Rogério Duprat,
Waly, Dircinho, Nando,
E o pessoal da pesada
E se um dia eu tiver alguém com bastante amor pra me dar
Não precisa sobrenome
Pois é o amor que faz o homem."
. . .
|
|
"Com medo ou com Pedro?"
Eu agora não tô mais com medo, tô com Pedro
Eu agora não tô mais com medo, tô com Pedro
Eu agora já to mais com Pedro do que com medo
Eu agora já to mais com Pedro do que com medo
Deus me livre de ter medo agora
Depois que eu já me joguei no mundo
Deus me livre de ter medo agora
Depois que eu já pus os pés no fundo
Se você cair não tenha medo
O mundo é fundo
Quem pisar no fundo encontra a porta
Do fim de tudo
Bem junto da porta está São Pedro
No fim do fundo, fim do fundo
FINDO!
Bem depois do fim de tudo o medo
Do fim do mundo
Bem depois do fim do mundo o medo
Do fim de tudo
Bem depois do fim de tudo o medo
Do fim do mundo
Bem depois do fim do mundo o medo
Do fim de tudo
Deus me livre de ter medo agora
Depois que eu já me joguei no mundo
Deus me livre de ter medo agora
Depois que eu já pus os pés no fundo
Se você cair não tenha medo
O mundo é fundo
Quem pisar no fundo encontra a porta
Do fim de tudo
Bem junto da porta está São Pedro
No fim do fundo, fim do fundo
FINDO!
. . .
|
|
From the stern to the bow
Oh, my boat is empty
Yes, my heart is empty
From the hole to the how
From the rudder to the sail
Oh, my boat is empty
Yes, my hand is empty
From the wrist to the nail
From the ocean to the bay
Oh, the sand is clean
Yes, oh, my mind is clean
From the night to the day
From the East to the West
Oh, the stream is long
Yes, my dream is wrong
From the birth to the death
From the stern to the bow
Oh, my boat is empty
Yes, my head is empty
From the nape to the brow
. . .
|
|
Um objeto sim, um objeto não
Um objeto sim, um objeto não
Como Rômulo e Remo
Rômulo e Remo aparecerão
No mesmo dia, na mesma cidade
No mesmo clarão
Um surgindo do céu, outro vindo do chão
Um objeto sim, um objeto não
Eubioticamente atraídos
Pela luz do Planalto Central das Tordesilhas
Fundarão seu reinado nos ossos de Brasília
Das últimas paisagens
Depois do fim do mundo
É o reinado de ouro
Depois do fim do mundo
O reino de Eldorado
Depois do fim do mundo virão
Objeto sim, objeto não
Os lumiencarnados seres que esta terra habitarão
O inventivo SI, o inventido GUI
O inventido NI, o inventido FI
O inventado CA e mais uma porção
Dos inventivos significados novos seres que virão
Do fundo do céu, do alto do chão
Do fundo do céu, do alto do chão
Do fundo do céu, do alto do chão
Do fundo do céu
. . .
|
|
Os pulsars, ruídos pulsativos pra Macá
Os quasars, ruídos coloridos para a Gal
O laser, ruídos doloridos para a Gal
Os meses, beijos proibidos pra Macá
O verso, um disco conhecido pra você
Universo, um quadro aberto na TV
O inverso, um ser mutante universal
Meu ingresso para as touradas do mal
Dos sóis, Cá e Gil me mandem notícias logo
A sós, pulsos abertos, eu volto
Sem voz, ye ye, sem voz
Sem voz
Os novos seres seguem, mas sem voz
Sem a voz
Os ruídos terão sentidos e teus sentidos perdidos
Os ruídos terão sentidos e teus sentidos perdidos
Os pulsars, os quasars, o laser, os meses
Tudo tão perto de nós
Você me vê? Não me vê
De um pulsars, de um quasars
Pelos raios da TV
Da TV, da TV
. . .
|
|